Recentes pesquisas indicam que a geração Z, nascida entre 1997 e 2012, enfrenta uma série de acusações, muitas delas ligadas à falta de habilidades práticas do dia a dia. Um dos exemplos mais citados é a dificuldade de muitos jovens em realizar tarefas simples de manutenção doméstica, como trocar uma lâmpada ou identificar ferramentas básicas. Esses dados são baseados em uma pesquisa feita pela Halfords, que entrevistou 2.000 pessoas, incluindo 323 entre 18 e 27 anos. A pesquisa sugere que uma parte significativa dos jovens não está familiarizada com ferramentas como chaves de fenda e chave inglesa, o que tem gerado discussões sobre o desenvolvimento de habilidades práticas na atualidade.
Entretanto, é importante considerar que esses dados não contam toda a história. Acusar uma geração inteira de falta de habilidades práticas sem olhar para o contexto mais amplo pode ser uma abordagem reducionista. Embora algumas pessoas da geração Z possam ter dificuldades em atividades manuais, é essencial lembrar que essa geração também está profundamente imersa em um mundo digital e tecnológico, onde as habilidades exigidas são diferentes das tradicionais. Além disso, é importante reconhecer que o acesso à educação e à formação varia amplamente, e isso pode influenciar a capacidade de aprender certos tipos de tarefas.
Por fim, demonizar os jovens por suas habilidades ou falta delas não contribui para um diálogo construtivo. A geração Z enfrenta muitos desafios únicos e complexos, incluindo questões sociais, econômicas e ambientais, que exigem uma abordagem mais empática e menos estigmatizante. Para promover um ambiente mais inclusivo e equilibrado, é fundamental focar em soluções que valorizem as capacidades de cada geração, em vez de apenas criticar suas falhas em áreas específicas.