O 30º Prêmio Jovens Cientistas, promovido pelo CNPq e Fundação Roberto Marinho, destacou importantes pesquisas de jovens brasileiros em diversas áreas. Um dos projetos premiados foi de Arienny Souza, que desenvolveu uma cartilha para ajudar mulheres a identificarem casos de assédio sexual online. Ela revelou que mulheres negras e de baixa renda são as principais vítimas desse crime, e sua pesquisa foi reconhecida na categoria de Estudante do Ensino Superior. Arienny, primeira pessoa de sua família a ingressar no ensino superior, comemorou o prêmio como um marco de sua trajetória vinda de uma escola pública.
Outro projeto premiado foi de Bernardo Souza Cordeiro, que criou um dispositivo para a produção de defensivos agroecológicos, visando reduzir o uso de agrotóxicos em pequenas propriedades rurais. Bernardo, também oriundo de uma instituição pública, foi premiado na categoria Estudante do Ensino Médio e, além disso, foi aprovado em Engenharia na UFMG, se tornando o primeiro de sua família a entrar em uma universidade federal. Outro destaque foi Wenderson Rodrigues, doutorando da UFV, que desenvolveu sensores voltados para saúde pública, segurança alimentar e monitoramento climático, tendo sua pesquisa reconhecida na categoria para mestres e doutores.
O prêmio não só reconheceu as inovações de jovens cientistas, mas também ressaltou a importância da ciência na superação de desafios sociais e ambientais. A ministra Luciana Santos destacou o impacto da ciência contra o negacionismo, e o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, enfatizou a relevância desses jovens como exemplos de perseverança e dedicação, capazes de inspirar outros a seguir o caminho da ciência e tecnologia para o bem comum. As premiações, que incluíram bolsas e valores em dinheiro, celebraram a contribuição dos pesquisadores para um futuro mais sustentável e inovador.