Uma pesquisa realizada pelo Education Policy Institute (EPI) revelou que crianças na Inglaterra enfrentam grandes variações na identificação de suas necessidades educacionais especiais, dependendo do tipo de escola, contexto socioeconômico e níveis de absenteísmo. A pesquisa aponta que, embora os pais já estivessem cientes das dificuldades no acesso ao suporte, as discrepâncias identificadas entre diferentes grupos são alarmantes. Isso significa que, para alguns estudantes, o apoio necessário pode ser quase inacessível, contribuindo para desigualdades no sistema educacional.
O estudo identificou, pela primeira vez, quais grupos estão mais propensos a não receber o apoio adequado. Entre os mais afetados estão as crianças de famílias com menor renda, aquelas em escolas com altos índices de absenteísmo e aquelas localizadas em regiões com maior escassez de recursos. Essas variações criam uma situação em que o direito à educação inclusiva e de qualidade fica comprometido, especialmente para aqueles que mais necessitam de apoio especializado.
O relatório do EPI alerta para o risco iminente de uma “geração perdida” de crianças que não recebem o apoio necessário para seu desenvolvimento acadêmico e social. O estudo sugere que mudanças estruturais são urgentes para garantir que todas as crianças, independentemente de seu contexto, tenham acesso igualitário ao suporte de necessidades educacionais especiais, evitando assim a perpetuação das desigualdades já existentes no sistema educacional.