Um grupo de cientistas britânicos e chilenos criou um asfalto autorregenerativo que pode reparar suas próprias rachaduras. A inovação utiliza microcápsulas que liberam óleos reciclados ao se romperem, amolecendo o betume e permitindo que ele se recupere. O estudo, realizado por pesquisadores do King’s College London e da Swansea University, destaca que a oxidação do betume, que causa o endurecimento e as fissuras, é um dos principais fatores de deterioração das estradas.
Apesar de inovações como essa, o Brasil enfrenta sérios desafios com sua infraestrutura rodoviária. Um estudo recente apontou o país como o segundo pior para dirigir, devido à baixa qualidade do asfalto e a falta de manutenção nas estradas. O Brasil, com sua grande extensão territorial e a alta dependência do transporte rodoviário, sofre com a saturação das vias e o desgaste acelerado do asfalto, o que compromete a durabilidade das estradas. Além disso, a falta de investimentos adequados agrava o cenário.
Especialistas destacam que o problema do asfalto no Brasil está mais relacionado à falta de manutenção e a falhas estruturais nos projetos das vias do que à qualidade do material em si. O excesso de peso nos caminhões e as altas temperaturas também contribuem para a degradação das rodovias. Estudos sugerem que a adoção de materiais como borracha triturada poderia melhorar a resistência do asfalto, prolongando sua vida útil e reduzindo os danos causados pelo calor intenso em algumas regiões.