Em 2024, a economia brasileira apresentou um crescimento superior ao esperado, impulsionado por um mercado de trabalho aquecido e uma política fiscal expansionista, além de estímulos ao crédito. Contudo, a política monetária contracionista gerou uma desaceleração no último trimestre do ano. Esse cenário de arrefecimento deve se intensificar em 2025, principalmente no segundo semestre, com alguns economistas prevendo até uma variação negativa do PIB em algum trimestre do ano. A expectativa é que o agronegócio, especialmente a soja, desempenhe um papel crucial no primeiro semestre, com uma safra recorde.
O crescimento robusto da economia em 2024 foi impulsionado pela alta no consumo das famílias e pelo aumento das importações, mas a desaceleração no investimento e no consumo deve ser notada no ano seguinte. A inflação e o aumento das taxas de juros afetaram a renda real, o que resultou em uma desaceleração no consumo familiar, que deve crescer apenas 0,5% em 2025, após um crescimento significativo em 2024. Além disso, o mercado de trabalho, embora forte, também enfrentará os efeitos de uma política monetária mais restritiva.
As previsões para 2025 apontam para uma forte performance no primeiro trimestre, impulsionada pela produção agrícola, especialmente da soja, que pode aumentar 15% nessa temporada. No entanto, a partir do segundo trimestre, a economia brasileira deve apresentar uma desaceleração, com crescimento modesto e até uma possível retração no quarto trimestre, conforme os impactos da política monetária se intensificam. O crescimento do PIB de 2025 é estimado em 2%, com variações trimestrais de 1% no primeiro trimestre e quedas no segundo e quarto trimestres.