Uma médica sofreu queimaduras de segundo grau no rosto após realizar um peeling para tratamento de acne, um procedimento ainda considerado novo, conhecido como AtaCroton. Esse peeling é composto por ácido tricloroacético (ATA) e óleo de cróton, e tem como objetivo promover a renovação celular, tratando desde rugas até cicatrizes. A dermatologista Raquel Amastha alerta que o risco está na combinação desses produtos, especialmente devido à falta de estudos aprofundados sobre os efeitos dessa mistura.
O procedimento foi realizado em Goiânia, onde a paciente pagou R$ 8 mil pelo tratamento, mas acabou enfrentando gastos adicionais de mais de R$ 10 mil devido às complicações. A médica, que compartilhou sua experiência nas redes sociais, afirmou que a profissional responsável pelo procedimento não explicou de forma clara os riscos envolvidos e deu a entender que queimaduras seriam uma consequência normal. No entanto, questionou o motivo de as queimaduras só ocorrerem nas áreas de cicatrizes.
Especialistas, como a dermatologista Yasmim Pugliesi, indicam que o problema não está no peeling em si, mas na combinação inadequada de substâncias que aumentam o risco de complicações graves. A mistura do óleo de cróton com o ácido tricloroacético pode dificultar o controle da profundidade do peeling, tornando o procedimento imprevisível e aumentando a possibilidade de danos à pele. A médica afetada espera que sua história sirva como alerta para outras pessoas que consideram realizar esse tipo de tratamento.