O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, solicitou que os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin se manifestem sobre os pedidos de impedimento feitos pela defesa de Jair Bolsonaro. A defesa argumenta que Dino, durante seu tempo como ministro da Justiça, apresentou queixa-crime contra Bolsonaro, e que Zanin, antes de ser nomeado ao STF, foi advogado de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que geraria um possível conflito de interesses. O pedido de impedimento ainda será analisado, e Barroso determinou que informações sejam solicitadas às autoridades envolvidas antes da decisão final.
Em 25 de fevereiro de 2025, a defesa de Bolsonaro protocolou uma petição para que a Corte reconhecesse a impossibilidade de participação de Dino e Zanin no julgamento da denúncia relacionada à tentativa de golpe contra o ex-presidente. A acusação será analisada pela Primeira Turma do STF, da qual fazem parte os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Caso a maioria dos ministros aceite a denúncia, Bolsonaro e outros acusados se tornarão réus, respondendo a uma ação penal no Supremo.
Ainda não foi definida a data para o julgamento da denúncia, mas considerando o andamento dos trâmites legais, o caso pode ser julgado até o final do primeiro semestre de 2025. A análise do pedido de impedimento dos ministros é um passo importante para a definição do andamento do processo, que envolve Bolsonaro e outros 33 acusados de participar de uma trama golpista. A decisão sobre os ministros envolvidos será crucial para o avanço ou adiamento do julgamento.