O papa Francisco, de 88 anos, sofreu uma crise respiratória na sexta-feira após inalar vômito durante um episódio isolado de tosse, o que levou os médicos a recorrerem à ventilação mecânica não invasiva. Internado há duas semanas no hospital Gemelli, em Roma, devido a uma pneumonia bilateral, Francisco permaneceu consciente e cooperativo, recebendo oxigênio suplementar. Apesar dos progressos relatados nos dias anteriores, os médicos agora adotam cautela, observando que será necessário um período de 24 a 48 horas para avaliar o impacto do evento em seu quadro clínico.
Especialistas consultados pela imprensa apontam que a nova complicação indica fragilidade e um estado de saúde que pode se deteriorar rapidamente, especialmente considerando o histórico do pontífice, que teve parte de um pulmão removido na juventude. O uso da ventilação não invasiva sugere um esforço para evitar a necessidade de intubação, enquanto os médicos monitoram sua resposta ao tratamento. Apesar da gravidade do episódio, não houve menção a uma piora crítica, mas o Vaticano mantém uma abordagem cautelosa sobre sua recuperação.
Enquanto isso, fiéis em diversas partes do mundo seguem rezando pelo papa. No Vaticano, cardeais se reuniram na Praça de São Pedro para orações noturnas, reforçando não apenas pedidos pela saúde de Francisco, mas também por outras vítimas de guerra, enfermidades e pobreza. Em países como México e Colômbia, católicos expressaram preocupação e afeto pelo pontífice, destacando sua proximidade com a América Latina e sua influência como líder religioso. Apesar do período de internação, Francisco continua exercendo suas funções à distância, tendo assinado documentos diretamente do hospital.