O papa Francisco afirmou, em uma carta aberta enviada aos bispos americanos, que a política de deportações em massa implementada pelo governo dos Estados Unidos é uma violação da dignidade humana. Ele expressou preocupação com as ações de deportação, que, segundo ele, são baseadas na força e não no reconhecimento da igual dignidade de todos os seres humanos. Essa não é a primeira vez que o papa se posiciona contra políticas migratórias que considera desumanas, tendo criticado, anteriormente, outras medidas similares ao redor do mundo.
Em resposta às críticas do pontífice, Thomas Homan, chefe da agência de fiscalização das fronteiras nos Estados Unidos, sugeriu que o papa deveria se concentrar nos assuntos da Igreja Católica, deixando as questões de fronteira a cargo do governo americano. Homan também comparou a construção de um muro ao redor do Vaticano com a ideia de ter um muro na fronteira dos Estados Unidos, questionando se a segurança de uma nação deve ser ignorada.
O papa reconheceu o direito das nações de se defenderem e protegerem suas comunidades, especialmente de criminosos violentos. No entanto, ele condenou a deportação de pessoas em situação de vulnerabilidade, considerando-a uma afronta à dignidade de homens, mulheres e famílias inteiras. Essa troca de declarações acirrou ainda mais a relação entre o Vaticano e o governo dos EUA, especialmente em um momento em que as políticas de imigração e segurança continuam sendo questões controversas.