O Panamá anunciou, em 6 de fevereiro de 2025, sua decisão de abandonar a Nova Rota da Seda, a ambiciosa iniciativa chinesa que busca promover a interligação de infraestrutura e logística global. A saída foi confirmada pelo presidente José Raúl Mulino, que, em comunicado, negou que a decisão tenha sido imposta pelos Estados Unidos, apesar da pressão internacional relacionada ao canal panamenho.
A Nova Rota da Seda, lançada pela China em 2013, abrange projetos de grande escala conectando o país asiático a diversas regiões, incluindo Ásia Central, Europa, África e as Américas. O Panamá ingressou na iniciativa em 2017, com o objetivo de fortalecer suas relações econômicas com a China. No entanto, a crescente influência chinesa sobre o Canal do Panamá gerou preocupações nos Estados Unidos, levando a um aumento nas pressões diplomáticas sobre o governo panamenho.
Durante uma recente visita do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, foi reiterada a possibilidade de ações por parte de Washington caso a influência da China no canal não seja reduzida. A decisão do Panamá de se retirar da iniciativa chinesa é vista como uma tentativa de equilibrar suas relações diplomáticas e econômicas com ambas as potências, embora o governo panamenho tenha afirmado que a retirada não foi resultado de exigências externas.