O Palácio de Westminster, ícone da arquitetura gótica e sede do Parlamento britânico, foi construído há mais de mil anos. Em sua história, o edifício passou por várias reformas, a última das quais ocorreu no século XIX, após um incêndio devastador em 1834. No entanto, nas últimas décadas, o palácio tem enfrentado sérios problemas estruturais, como vazamentos, infestações e risco constante de incêndios, o que tem gerado preocupação sobre sua segurança e preservação. A reforma estrutural, considerada urgente, busca evitar tragédias semelhantes ao incêndio da Catedral de Notre-Dame, que destruiu parte do famoso monumento parisiense em 2019.
O projeto de renovação do palácio é ambicioso e envolve custos que podem variar entre 7 e 13 bilhões de libras, com previsão de duração de 20 a 30 anos. Entre as melhorias propostas, estão a atualização de sistemas elétricos e mecânicos, substituição de janelas e remoção de amianto. Para garantir que o trabalho seja realizado sem interrupções nas atividades parlamentares, foram propostas três opções de execução, incluindo a desocupação total ou parcial do edifício e a realização de reparos contínuos. Locais temporários, como o QEII Conference Center e a Richmond House, seriam utilizados para abrigar as sessões das câmaras.
Além das melhorias físicas, a renovação também visa gerar benefícios econômicos, criando empregos e estimulando o crescimento em todo o Reino Unido. A deputada Judith Cummins destacou que a restauração do Palácio de Westminster não apenas protegeria o patrimônio histórico, mas também contribuiria para o fortalecimento da democracia britânica. Com mais de 800 anos de história, o palácio continua a ser o coração político da nação e um símbolo de sua trajetória democrática.