A DeepSeek, uma startup chinesa que ganhou notoriedade por seu assistente virtual, tem enfrentado crescente resistência de vários países, após sua tecnologia se tornar uma das mais baixadas em lojas de aplicativos e afetar o valor das ações de grandes empresas de tecnologia. O governo da Austrália anunciou no dia 4 de fevereiro a proibição do uso de produtos e serviços da DeepSeek em dispositivos governamentais, com exceção de algumas empresas públicas. A medida visa atender a preocupações de segurança nacional, embora os riscos específicos não tenham sido detalhados oficialmente.
A ministra das Comunicações da Austrália, Michelle Rowland, destacou que o armazenamento de dados pessoais pelos produtos da DeepSeek é uma preocupação central levantada pelas agências de segurança do país, sendo acompanhada de perto por outras nações. Além da Austrália, países como Itália, Taiwan, e órgãos governamentais dos Estados Unidos, como a NASA e o Pentágono, também adotaram restrições semelhantes, citando questões de segurança e privacidade, especialmente pelo fato de os servidores da empresa estarem localizados fora de suas jurisdições.
Essas restrições refletem uma crescente tensão geopolítica, com a DeepSeek competindo com gigantes da tecnologia como Google e OpenAI. A Itália, por exemplo, determinou que a empresa limite o processamento de dados dos seus cidadãos, e Taiwan abriu exceções para a utilização da tecnologia em ambientes acadêmicos, desde que não envolvessem informações sensíveis. As ações desses países sinalizam um aumento nas preocupações sobre a segurança cibernética e a privacidade em um cenário global cada vez mais interconectado.