Uma reunião de países em Roma resultou em um acordo para destinar US$ 200 bilhões por ano até 2030 com o objetivo de interromper e reverter a destruição da natureza. O consenso veio após as negociações da COP16 sobre biodiversidade, realizadas na Colômbia, que não conseguiram alcançar um acordo nas questões centrais, como fontes de financiamento e sua supervisão. A liderança dos países do Brics, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, foi crucial para o acordo.
A presidente da COP16, Susana Muhamad, celebrou o avanço como uma vitória para o meio ambiente e o multilateralismo, destacando que, em tempos de crescente fragmentação política global, o acordo foi um sinal positivo para ações coletivas em defesa da biodiversidade. Além disso, os delegados discutiram a criação de um novo fundo específico para a biodiversidade ou a ampliação de fundos existentes, como o administrado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente, que já distribuiu mais de US$ 23 bilhões em 30 anos.
O acordo chega em um momento crítico, com dados alarmantes sobre a queda de 73% nas populações de vida selvagem desde 1970. Embora os Estados Unidos não sejam signatários da Convenção sobre Biodiversidade, sua contribuição histórica para o financiamento de projetos ambientais tem sido significativa. A redução desse apoio, porém, tem gerado impactos negativos, como cortes em iniciativas de combate à caça ilegal na África e em grandes ONGs de conservação.