No dia 9 de fevereiro de 2025, o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, anunciou que os três países bálticos – Estônia, Letônia e Lituânia – conseguiram concluir com sucesso a conexão de seus sistemas elétricos à rede europeia, encerrando sua dependência da Rússia. O movimento ocorreu após a invasão da Ucrânia pela Rússia, que motivou os países bálticos a buscar maior segurança energética. A integração foi feita por meio da Polônia e contou com um investimento significativo de 1,6 bilhões de euros, a maior parte proveniente de fundos da União Europeia.
Com a nova infraestrutura, os três países alcançaram a independência energética e eliminaram a pressão política que enfrentavam devido à dependência de energia russa. Durante a cerimônia, Nauseda destacou a importância do feito como um marco histórico para a região, que agora está livre das ameaças de chantagem relacionadas à energia. O presidente lituano, junto de autoridades da Estônia, Letônia e da União Europeia, comemorou a conclusão do processo como um sinal de segurança e soberania energética para os países.
A decisão de se desconectar da rede russa e a conclusão da sincronização com a rede elétrica europeia foi vista como um movimento estratégico em meio ao crescente temor de novos conflitos com a Rússia. O anúncio também ocorre em um contexto de crescente tensão na região, com incidentes envolvendo a destruição de cabos submarinos no Mar Báltico, que alimentam as acusações de uma possível guerra híbrida da Rússia, algo que o governo russo nega.