O artigo sobre o caso de uma jovem de 17 anos que cometeu suicídio enquanto aguardava por tratamento psicológico destacou a dura realidade enfrentada por muitas famílias. Um relato de uma mãe, cujo filho passou por uma experiência similar, reflete a agonia de esperar por suporte adequado. O filho, agora com quase 30 anos, tentou se matar cinco vezes ao longo dos anos, não por querer morrer, mas por não suportar o sofrimento constante. Em momentos de desespero, a mãe tentou, sem sucesso, obter ajuda imediata dos serviços de saúde mental, enfrentando, em várias ocasiões, a falta de resposta ou orientações ineficazes.
A situação do jovem se agrava pela falta de suporte adequado nas emergências, o que leva os pais a se sentirem impotentes. Em um caso específico, após diversas tentativas de contato com a linha de emergência, a mãe não obteve retorno, sendo instruída, em outras ocasiões, a acionar a polícia para transportar o filho até um hospital, onde a recepção foi insensível. A frustração gerada por esse cenário fez com que a família desistisse de buscar esse tipo de ajuda.
Esse relato sublinha a crescente crise no acesso a serviços de saúde mental, especialmente para jovens em momentos críticos. As famílias se sentem abandonadas e desamparadas diante de um sistema sobrecarregado e que, muitas vezes, não atende às necessidades urgentes desses pacientes, agravando ainda mais o sofrimento daqueles que já enfrentam uma luta interna intensa. A busca por soluções adequadas continua sendo um desafio.