O governo anunciou que o pacote de corte de gastos aprovado no fim de 2024 ajudará a reduzir as despesas em 2025 em cerca de R$ 34 bilhões, conforme informado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Desse valor, R$ 19 bilhões serão gerados por economias diretas, enquanto os R$ 15 bilhões restantes visam cobrir novas pressões de gastos. A readequação do Orçamento de 2025, que será votado após o carnaval, precisa considerar essas novas estimativas e ajustes, conforme as leis aprovadas recentemente e a necessidade de equilibrar as contas públicas.
Haddad destacou que os números atualizados sobre os cortes e ajustes serão apresentados ao relator do Orçamento, senador Angelo Coronel. Embora o valor inicial estimado fosse de R$ 30 bilhões em economia, com cortes diretos e a compensação de novos gastos, os cálculos foram ajustados. O governo também está revisando o impacto de programas sociais e outras medidas que geram pressão orçamentária. Além disso, foi enfatizada a importância de garantir que o Orçamento de 2025 esteja alinhado com as mudanças aprovadas pelo Congresso e com as exigências fiscais.
Um dos temas discutidos foi o bloqueio de R$ 6 bilhões no programa Pé-de-Meia, que oferece auxílio a alunos de baixa renda. O governo expressou confiança em um possível acordo para reverter essa medida, após uma reunião com representantes do Tribunal de Contas da União (TCU). A liberação dos recursos será analisada nos próximos dias, com a possibilidade de ajustes, como a modulação da exigência para o programa ser incluído no Orçamento de 2025. O governo também está disposto a fazer ajustes conforme as orientações do TCU, desde que respeitadas as leis aprovadas.