Organizações ambientais entraram com ações judiciais contra a decisão do governo dos Estados Unidos de ampliar a produção de petróleo e gás em áreas marítimas. Segundo os grupos, essa medida representa uma ameaça para os ecossistemas marinhos e contribui para a intensificação da crise climática global. A disputa ocorre no contexto de uma nova fase de confrontos entre ambientalistas e a administração republicana, que busca impulsionar a produção de hidrocarbonetos no país.
A medida do governo foi uma reação à proibição de novas perfurações em grandes áreas marítimas, determinada pelo ex-presidente Joe Biden antes de deixar o cargo. A restrição afetava diversas regiões do país, como a costa leste dos Estados Unidos, o Golfo do México, o litoral do Pacífico e a costa do Alasca no Estreito de Bering. O presidente atual, por meio de um decreto, suspendeu essa proibição, permitindo novas explorações no Atlântico e no Ártico.
As ações legais movidas pelos ambientalistas questionam a autoridade do presidente para revogar tais restrições sem a aprovação do Congresso. Um juiz federal já havia declarado ilegal a tentativa anterior de suspender a proibição de perfurações no Atlântico e no Ártico, imposta pelo governo anterior. Agora, os grupos buscam reverter as mudanças introduzidas pelo decreto e restabelecer as proteções ambientais que haviam sido retiradas.