A nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva gerou críticas contundentes da oposição. Parlamentares afirmam que a escolha representa uma intensificação da radicalização do governo, priorizando interesses partidários em detrimento do bem comum. O líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho, destacou que a decisão reflete um movimento de isolamento do Executivo e uma repetição de erros do passado, caracterizando a situação como uma “dobrada de aposta” pelo PT.
O líder da Oposição na Câmara, Luciano Zucco, também condenou a nomeação, sugerindo que o governo está colocando ideologia acima dos interesses do país, o que teria impacto negativo na economia, como o aumento do dólar e a queda da bolsa. Ele foi além, mencionando o risco de uma futura nomeação da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, para um cargo importante como a Casa Civil. Em sua análise, a escolha de Gleisi como responsável pela articulação política intensifica a polarização e a insegurança no cenário político e econômico.
Apesar das críticas, Gleisi tem o apoio de algumas lideranças, como os presidentes da Câmara e do Senado, que destacaram sua capacidade de diálogo e desejam sucesso em sua nova função. A ex-ministra, que já ocupou a Casa Civil entre 2011 e 2014, terá a missão de gerenciar as negociações de emendas parlamentares e buscar uma articulação mais estreita com o Congresso, em um momento de tensões entre o governo, o Legislativo e o Supremo Tribunal Federal.