A intensificação das operações militares de Israel na Cisjordânia tem levado ao deslocamento de milhares de famílias palestinas, especialmente nas cidades de Tulkarem e Jenin. Desde dezembro de 2024, cerca de 5.000 famílias foram forçadas a abandonar suas casas devido aos confrontos. A situação é particularmente difícil de ser monitorada devido à insegurança local e à instabilidade populacional. Além disso, a destruição de prédios na região, em parte provocada por explosivos, agrava ainda mais a crise humanitária.
As operações, descritas por Israel como ações antiterroristas, ocorreram em áreas conhecidas por concentrarem militantes palestinos. No entanto, ao contrário da Faixa de Gaza, a Cisjordânia é administrada pela Autoridade Palestina. O aumento das operações militares de Israel seguiu-se ao cessar-fogo entre Israel e o Hamas, em Gaza, e tem gerado um saldo crescente de mortos na região. Estima-se que, até fevereiro de 2025, 70 pessoas tenham morrido na Cisjordânia em confrontos com forças israelenses, e centenas de outras foram feridas.
O impacto humano é significativo, com mais de 3.000 famílias em Jenin e Tulkarem em situação de deslocamento. A destruição de casas e a falta de acesso a serviços básicos aumentam as tensões na área, enquanto os números de vítimas palestinas continuam a crescer, refletindo a escalada dos confrontos desde o início da guerra em Gaza em 2023. A população local enfrenta desafios diários de segurança e de deslocamento, agravando a já crítica situação humanitária da região.