O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), através de suas operações Plata e Argento, desmantelou um esquema de lavagem de dinheiro vinculado ao tráfico de drogas. A investigação revelou que uma rede criminosa utilizava a compra de imóveis e outros bens para ocultar os lucros oriundos de atividades ilícitas, envolvendo várias pessoas em diferentes estados do Brasil. Entre as medidas adotadas, houve a apreensão de documentos e a realização de prisões, com destaque para o bloqueio de R$ 2,2 bilhões em uma das fases da operação.
A acusação detalhou que uma mulher foi condenada por participar diretamente da dissimulação de compras de imóveis, com o objetivo de esconder os reais proprietários ligados a uma facção criminosa. O esquema envolvia a utilização de intermediários sem antecedentes criminais, que ajudavam a mascarar a identidade dos envolvidos, e a lavagem de dinheiro foi estimada em mais de R$ 23 milhões. Além disso, a operação também identificou o uso de empresas de fachada e outros bens, como fazendas e cavalos de luxo, para movimentar grandes quantias de dinheiro.
A operação Plata, deflagrada em 2023, se desdobrou em uma série de investigações iniciadas em 2019, que apuraram crimes como tráfico de drogas e associação criminosa em diversas cidades do estado. Com o apoio de órgãos de segurança de diferentes estados e do Departamento Penitenciário Nacional, a operação envolveu um trabalho coordenado de combate à criminalidade organizada e teve um impacto significativo no combate ao tráfico e à lavagem de dinheiro no país.