Na noite de quarta-feira (12), o secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, anunciou que uma operação policial contra traficantes no Complexo de Israel foi realizada de forma emergencial, baseada em informações de inteligência. O objetivo da ação foi evitar a expansão do domínio de criminosos sobre a comunidade do Quitungo, prevenindo um possível confronto com facções rivais e minimizando os riscos à população local. A operação, que envolveu tanto a Polícia Civil quanto a Militar, resultou em um intenso tiroteio na região, com um helicóptero da PM sendo atingido e forçado a fazer um pouso de emergência.
Apesar de intensas buscas, não houve prisões durante a operação, que foi focada em impedir a movimentação dos criminosos e proteger os moradores da violência. O secretário de Estado da Polícia Civil, Felipe Curi, ressaltou que o principal objetivo não era prender, mas evitar uma tragédia maior e garantir a segurança da população. A intervenção foi marcada por uma série de fechamentos de vias importantes, como a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, o que causou reflexos no tráfego e gerou pânico entre os civis, alguns dos quais se deitaram nas ruas para se proteger dos disparos.
A operação também provocou danos à infraestrutura urbana, com ataques a ônibus e bloqueios de linhas de transporte. O Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio de Janeiro lamentou os incidentes e a falta de segurança que afeta a mobilidade da população. Embora ainda não haja um balanço final sobre feridos, o secretário Victor dos Santos informou que um policial civil foi ferido e outras três pessoas foram atendidas em hospitais, mas com ferimentos leves. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, elogiou a ação, mas cobrou mais eficácia nas operações para combater o crime organizado na cidade.