Uma servidora pública de 58 anos está sendo investigada pela Polícia Civil por supostamente cobrar dinheiro de familiares de detentos, oferecendo em troca a entrada de medicamentos e a realização de eventos falsos no presídio de Paraíso do Tocantins. A operação, denominada Profanum, levou ao afastamento e exoneração da servidora comissionada, que atuava na Unidade Penal Regional desde setembro de 2024 até janeiro de 2025. Segundo as investigações, a mulher definia o valor a ser cobrado com base no poder aquisitivo das vítimas, avaliado por fotos de perfis em conversas do aplicativo WhatsApp.
Adicionalmente, a Polícia Civil também está investigando um farmacêutico de 33 anos por suposto envolvimento no esquema. As acusações indicam que ele vendia medicamentos a preços elevados, exclusivamente na sua farmácia, como parte de um acordo com a servidora para maximizar os lucros indevidos. A investigação aponta que, em alguns casos, os medicamentos solicitados nem eram necessários para os presos, ou poderiam ser obtidos gratuitamente através do sistema público de saúde.
As autoridades continuam a coletar informações e a buscar novas vítimas que possam ter sido afetadas pelo esquema. A operação já resultou em mandados de busca e apreensão, e o material recolhido está sendo analisado. O delegado responsável pelo caso, José Lucas Melo, orienta que mais pessoas que se sintam prejudicadas devem procurar a delegacia para relatar o ocorrido e auxiliar na ampliação das investigações.