A Polícia Civil do Rio de Janeiro desmantelou uma quadrilha especializada em roubo de celulares, responsável por ações criminosas em diversas regiões da cidade, como a Central do Brasil, o Calçadão de Bangu e o Centro de Duque de Caxias. A operação, chamada Omiros, que significa “refém” em grego, durou dois anos e resultou na prisão de mais de 30 pessoas. O grupo utilizava táticas como extorsão via WhatsApp e SMS, ameaçando vítimas com fotos de armas e dados pessoais para obter as senhas dos aparelhos roubados, além de recorrer a golpes de phishing e chantagem financeira.
Após o roubo, o núcleo de extorsão da quadrilha acessava informações da dark web para personalizar ameaças e pressionar as vítimas, que muitas vezes eram forçadas a fazer transferências bancárias ou tinham seus dados expostos. Caso as vítimas se recusassem a colaborar, os celulares eram desmontados e vendidos em peças, enquanto o dinheiro gerado pelas ações criminosas era lavado através de contas bancárias fictícias. A investigação também revelou que os criminosos ostentavam luxo e bens adquiridos com os lucros ilícitos nas redes sociais, além de manterem vínculos com traficantes para realizar roubos em áreas controladas por facções.
A operação resultou em diversas apreensões, incluindo celulares roubados e joias, e revelou como a organização agia com extrema violência, chegando a atirar contra vítimas durante os assaltos. As investigações revelaram conversas em que os criminosos planejaram roubos e transações financeiras ilícitas, além de demonstraram uma rede de colaboração entre facções criminosas. A Justiça expediu mandados de prisão contra os envolvidos, e a operação segue com o intuito de enfraquecer a atuação do grupo no estado.