Em meio à crescente violência na Cisjordânia, Israel realizou ataques em Jenin, matando pelo menos 18 palestinos, incluindo um adolescente de 16 anos. A operação militar, iniciada em 21 de janeiro, visava combater grupos armados na região, onde o conflito já se estende por mais de 15 meses. As autoridades israelenses afirmam ter eliminado combatentes palestinos e desativado artefatos explosivos, enquanto a versão palestina menciona vítimas civis, incluindo uma criança de dois anos. A violência na Cisjordânia tem se intensificado desde o início da guerra em outubro de 2023.
Além das mortes, os ataques provocaram deslocamentos forçados de milhares de pessoas. Estima-se que 80% dos moradores do campo de refugiados de Jenin tenham sido afetados, com muitas residências destruídas e o fornecimento de água interrompido. O Exército israelense também bloqueou acessos a áreas como o campo de refugiados de Faraa e realizou buscas em várias casas. A operação, chamada Muro de Ferro por Israel, busca desmantelar redes armadas palestinas, mas a situação tem gerado crescente sofrimento humanitário na região.
Israel tem acusado o Irã de fornecer armas a grupos palestinos na Cisjordânia, embora não tenha apresentado provas concretas para sustentar a alegação. O ministro da Defesa israelense anunciou que as operações continuarão sem um prazo definido para seu término, mantendo o foco em alcançar os objetivos militares estabelecidos. O prolongamento do conflito na região tende a aprofundar a crise humanitária e ampliar o número de deslocados, refletindo a complexidade e o impasse da situação atual.