Uma recente operação militar de Israel na Cisjordânia, que durou semanas, resultou no deslocamento de aproximadamente 40 mil palestinos, o maior êxodo de civis desde 1967. As ações têm como alvo grupos armados nas cidades de Jenin, Tulkarem e Tubas, com o Exército israelense afirmando que o objetivo é combater ameaças terroristas. Contudo, muitos palestinos expressam receios de que a movimentação seja uma estratégia para um deslocamento permanente e controle sobre as áreas sob a Autoridade Palestina.
Entre os deslocados, há um número significativo de pessoas que são descendentes de refugiados de 1948, o que torna a situação ainda mais dolorosa. Enquanto alguns conseguiram retornar, a maioria permanece sem abrigo, e o Exército israelense demoliu diversas estruturas e destruiu a infraestrutura local, incluindo sistemas de água e saneamento. A ONU registrou danos em mais de 150 residências em Jenin, enquanto Israel admitiu a demolição de pelo menos 23 edifícios, com o Exército alegando que o objetivo é eliminar grupos armados.
Apesar das declarações oficiais do Exército israelense, que negam a existência de uma política de deslocamento forçado, relatos de palestinos indicam que muitos foram obrigados a deixar suas casas sob a ameaça de violência. Alguns citam declarações de ministros israelenses que sugerem a evacuação de civis palestinos, o que geraria um clima de incerteza e medo na população local.