A Operação Libertação, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 2023, visa erradicar o garimpo ilegal na Terra Yanomami e proteger a população indígena. Desde o início da operação, a PF abriu 350 inquéritos e indiciou 720 pessoas em Roraima, investigando atividades relacionadas ao garimpo ilegal, como a apropriação de bens da União e crimes correlatos. A ação também inclui a inutilização de infraestrutura usada pelos criminosos e a busca por provas. Além disso, o governo federal declarou emergência em saúde no território Yanomami devido aos graves impactos do garimpo, como a desnutrição e a malária entre os indígenas.
O impacto ambiental causado pelo garimpo ilegal na Terra Yanomami é significativo, com a destruição de vastas áreas de floresta e a contaminação dos rios por mercúrio. A atividade também afetou diretamente o modo de vida dos Yanomami, que dependem da pesca e da caça para sua subsistência. A operação de desintrusão tem resultado em uma redução da área de garimpo ativo e nas estratégias utilizadas pelos criminosos, que têm se adaptado, muitas vezes operando à noite e escondendo maquinários na floresta. No entanto, as ações de combate seguem intensificadas, com o apoio de diversas instituições, como o Ibama, Funai e a Força Nacional.
Em 2024, foi criado um novo órgão, a Casa de Governo, para coordenar as operações de segurança na região e combater o avanço do garimpo ilegal. Através de 3.536 operações de segurança, as autoridades estimam que o prejuízo para os criminosos foi de R$ 267 milhões, enquanto a área de garimpo ativo diminuiu significativamente. Com isso, a população Yanomami tem conseguido retomar suas atividades tradicionais, como a agricultura e a pesca, essenciais para sua sobrevivência e preservação cultural. A Operação Libertação continua em andamento, com o objetivo de restaurar a legalidade na Terra Yanomami e garantir a proteção dos direitos dos povos indígenas.