Uma servidora pública de 58 anos foi exonerada após ser investigada por cobrar dinheiro de familiares de presos, prometendo falsos eventos e facilitação na entrada de medicamentos na Unidade Penal Regional de Paraíso do Tocantins. A operação, denominada Profanum, foi deflagrada pela Polícia Civil após denúncias anônimas que indicavam o envolvimento da servidora comissionada no esquema desde setembro de 2024. A investigação revelou que ela escolhia suas vítimas com base no poder aquisitivo, identificado através de fotos em conversas do aplicativo Whatsapp.
Segundo as autoridades, a funcionária manipulava os valores cobrados de acordo com a aparência de riqueza das famílias dos detentos, cobrando mais de quem parecia ter mais recursos. A promessa incluía a organização de eventos como jantares e festas de confraternização, além da possibilidade de entrar com medicamentos na unidade prisional, muitos dos quais não eram necessários e poderiam ser obtidos na rede pública.
Além dela, um homem de 33 anos, proprietário de uma farmácia local, também está sendo investigado por supostamente participar do esquema, garantindo que os medicamentos só fossem comprados em seu estabelecimento a preços elevados. A investigação continua com a análise de materiais apreendidos e oitivas de outras possíveis vítimas, enquanto a Polícia Civil encoraja que mais pessoas denunciem caso se reconheçam como afetadas pelo esquema.