No dia 11 de fevereiro, uma grande operação contra o crime organizado foi realizada em Sicília, com a prisão de 181 indivíduos ligados à Cosa Nostra, o maior número de detenções desde os anos 1980. A operação foi meticulosamente planejada, com mais de 1.200 policiais mobilizados, incluindo unidades especializadas, como os Carabinieri e os Cacciatori, que foram trazidos de outras regiões da Itália. Helicópteros sobrevoaram a ilha, e a ação foi registrada por câmeras da própria polícia, mostrando cenas de intensos confrontos e apreensões, além de áudios de conversas interceptadas entre membros do grupo criminoso.
Embora a operação tenha sido considerada um grande sucesso, com nenhum dos alvos conseguindo escapar, o contexto atual de Sicília é bem diferente daquele dos anos 1980. Naquela época, a região estava à beira de se tornar um estado narcotraficante, e a Cosa Nostra exercia grande poder, intimidando autoridades e cometendo assassinatos para proteger seus interesses. Hoje, no entanto, o crime organizado enfrenta uma realidade mais desafiadora, com a diminuição de seu poder político e militar.
A prisão de tantos indivíduos simboliza uma vitória significativa para as forças de segurança italianas, mas também evidencia uma mudança na natureza das operações ilegais, que passaram de grandes esquemas de narcotráfico para atividades mais modestas, como o comércio de substâncias ilícitas de menor escala. A reflexão de antigos membros da organização revela uma percepção de decadência dentro da Cosa Nostra, contrastando com a grandeza de suas ações do passado.