A Opep+ tem buscado aproximação com o Brasil nos últimos anos, e, em 2023, o governo federal confirmou que está avaliando o convite para integrar o grupo. A adesão à Organização dos Países Produtores de Petróleo e seus aliados gerou debates, especialmente com a proximidade da COP30, que será realizada em Belém. A decisão sobre a entrada do Brasil no grupo deve ser tomada nesta terça-feira (18) pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que também discutirá o futuro das obras da usina nuclear de Angra 3.
A Opep+, além dos membros da Opep, inclui países aliados que colaboram em políticas relacionadas ao comércio de petróleo. Essa possível adesão do Brasil à organização ocorre em um contexto de crescente debate sobre os impactos ambientais do setor energético e os compromissos climáticos assumidos pelo país. Especialistas avaliam que a entrada no grupo pode influenciar a política energética do Brasil, especialmente em relação ao cumprimento das metas de sustentabilidade e redução de emissões de carbono.
O CNPE, composto por ministros e presidido pelo presidente da República, também deve analisar a retomada das obras de Angra 3, cujos custos de conclusão exigem mais de R$ 20 bilhões. A proposta inclui melhorias na governança da Eletronuclear e a busca por novas fontes de financiamento para concluir o projeto, cujos custos seriam repassados aos consumidores. O governo ainda não definiu uma posição sobre a retomada das obras, que teve sua decisão adiada em dezembro.