Em 8 de fevereiro de 2025, uma delegação da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW) chegou a Damasco para estabelecer um novo contato com os líderes sírios, marcando o primeiro encontro desde a queda do ex-presidente Bashar Al-Assad. A missão visa retomar as discussões sobre o uso de armas químicas na guerra civil síria, que durou 14 anos. A organização tem indícios de que o governo anterior utilizou tais armas durante o conflito.
A Síria ingressou na OPCW em 2013, após temores de ataques aéreos em resposta a incidentes envolvendo armas químicas, mas o governo de Assad sempre negou qualquer envolvimento. Em 2024, a OPCW também denunciou o uso de gás mostarda pelo Estado Islâmico contra a população de Marea, perto de Alepo. A visita da delegação inclui especialistas em armamentos químicos e teve como objetivo restabelecer um relacionamento direto entre a organização e as autoridades sírias, após anos de estagnação.
O diretor-geral da OPCW, Fernando Arias, declarou que as discussões foram produtivas e significativas, sublinhando que esse é o primeiro passo para reatar a cooperação entre a organização e o governo da Síria, depois de mais de uma década sem avanços. A reunião foi conduzida com o presidente Ahmed al-Sharaa e o ministro das Relações Exteriores, Asaad Hassan al-Shibani, em um esforço para buscar soluções e progressos na questão do desarmamento químico no país.