A ONG Me Too Brasil respondeu a declarações do ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, que sugeriu uma possível relação entre a organização e a pasta em um contexto de licitação. A entidade negou qualquer envolvimento em processos licitatórios e afirmou que sua atuação se limitou ao envio de recomendações formais para fortalecer políticas públicas. Segundo a ONG, as informações obtidas via Lei de Acesso à Informação (LAI) indicam que não há registros de investigações ou irregularidades relacionadas à licitação mencionada.
A organização também criticou a postura do ex-ministro, afirmando que sua declaração desvia o foco dos relatos de vítimas de assédio sexual. Segundo o Me Too Brasil, esse tipo de reação é comum em casos de denúncias, onde frequentemente há tentativas de desmoralizar as vítimas e atacar aqueles que trazem os abusos à tona. O grupo reforçou seu compromisso com o apoio a vítimas de violência e com o fortalecimento das políticas públicas de direitos humanos.
Em entrevista, o ex-ministro afirmou que houve questionamentos internos sobre uma possível ligação entre a ONG e o Ministério, mas que a Justiça será responsável por esclarecer os fatos. Ele também declarou que, ao longo de sua trajetória, enfrentou adversários e que sua posição naturalmente despertou reações. O caso segue gerando debates sobre o papel de organizações da sociedade civil na formulação e fiscalização de políticas públicas.