Nos últimos anos, as ondas de calor têm se tornado mais frequentes e intensas em várias regiões do Brasil, com temperaturas significativamente mais altas do que o esperado para a época do ano. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma onda de calor é caracterizada por temperaturas pelo menos 5°C acima da média por um período mínimo de cinco dias consecutivos. Esse fenômeno é causado por sistemas de alta pressão que bloqueiam a entrada de ar frio, contribuindo para o aquecimento excessivo.
Apesar da alta pressão reduzir a umidade e dificultar a formação de chuvas, pancadas isoladas podem ocorrer durante uma onda de calor, embora elas sejam passageiras e não aliviem substancialmente o calor. Mesmo com uma menor umidade, o calor excessivo pode gerar nuvens carregadas em algumas regiões, resultando em chuvas esparsas e momentâneas.
A sensação térmica do calor varia conforme a região do Brasil, devido à umidade do ar e outras características climáticas. No Norte do país, o calor tende a ser mais abafado pela alta umidade, dificultando a evaporação do suor. Já no Sul, o ar mais seco acelera a perda de água pelo corpo, intensificando a sensação de calor e aumentando o risco de desidratação. Em outras regiões, como o Centro-Oeste e o Nordeste, a alta incidência solar faz com que o calor seja sentido de maneira ainda mais extrema.