Em 2025, o mercado livre de energia enfrenta desafios devido aos recordes de consumo gerados pelas altas temperaturas. O uso intensivo de aparelhos de ar-condicionado, especialmente em ambientes corporativos, tem sido apontado como um dos principais fatores por trás da sobrecarga no Sistema Interligado Nacional (SIN), que atingiu a maior carga da história em 24 de fevereiro. Esse aumento da demanda tem levado a flutuações nos preços da energia, com o preço de liquidação das diferenças (PLD) subindo de R$ 58,60 no início de fevereiro para R$ 128,93 no final do mês, além de uma alta nos preços de longo prazo.
A escassez de chuvas e a redução da vazão da usina de Belo Monte também têm impactado os níveis de reservatórios, dificultando o aumento esperado nos estoques de energia durante o período úmido. Esse cenário de incerteza e aumento da volatilidade nos preços exige atenção das comercializadoras, que precisam ajustar os contratos e monitorar as necessidades dos consumidores. Empresas com alta variação de consumo podem ser forçadas a pagar preços elevados ao negociar energia no mercado de curto prazo, caso não tenham margens suficientes em seus contratos.
Apesar da instabilidade, o mercado livre de energia oferece oportunidades para empresas que migram para esse ambiente, com a possibilidade de obter descontos de até 30% nas contas de luz. Além disso, práticas como a automação, o uso de sistemas de ar-condicionado mais eficientes e a instalação de painéis solares são alternativas para reduzir custos de energia a longo prazo. Investir em soluções tecnológicas e sustentáveis pode ajudar a garantir competitividade e sustentabilidade, permitindo que as empresas enfrentem os desafios dessa nova realidade energética.