O Observatório da Violência Contra Jornalistas foi criado com o objetivo de monitorar casos de violência contra profissionais da imprensa e servir como um canal de diálogo entre jornalistas e o Estado. A iniciativa busca também criar políticas públicas voltadas para a proteção da categoria e apoiar investigações sobre esses incidentes. A proposta do observatório tem o respaldo de diversas entidades do setor, incluindo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e visa garantir que jornalistas, comunicadores populares e outros profissionais da área tenham um ambiente mais seguro para exercer suas funções.
A criação do observatório foi discutida e estruturada com a participação de diversos setores da sociedade civil, especialmente após a intensificação da violência contra jornalistas durante o governo anterior. Sua missão vai além de simplesmente monitorar os casos, já que pretende ainda propor medidas de proteção e políticas públicas voltadas ao fortalecimento da profissão. A atuação do observatório também visa dar apoio a comunicadores que atuam em áreas menos protegidas, como repórteres locais, garantindo a defesa do direito à informação e à liberdade de imprensa.
O observatório também busca combater a disseminação de informações sem fundamento e a prática do que é chamado de pseudojornalismo, que tem crescido especialmente com o aumento das redes sociais. A Fenaj, em conjunto com outras entidades, defende a volta da obrigatoriedade do diploma de jornalismo, uma medida que considera essencial para a qualidade do exercício profissional e para a proteção da sociedade contra informações imprecisas ou perigosas.