Durante as obras para a Conferência Mundial do Clima, a COP 30, realizadas em Belém, uma embarcação centenária foi descoberta enterrada na região central da cidade. O barco, com cerca de 28 metros de comprimento, foi construído em metal e madeira, possivelmente movido a vapor. A estrutura estava localizada sob o asfalto de uma das principais avenidas da cidade, área que, no início do século XX, funcionava como um movimentado porto, reforçando a relação histórica de Belém com seus rios e igarapés.
O resgate do artefato exigiu cuidados especiais devido às condições da área, que é influenciada pelas marés. As escavações precisaram ser feitas com a maré baixa para evitar danos à embarcação, e o trabalho foi dificultado pelas chuvas que inundavam a área. Para controlar o alagamento, uma bomba foi instalada para transferir a água para o canal próximo. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) isolou o local para preservar o achado e dar continuidade à escavação.
Agora, o Iphan inicia o processo de restauração da embarcação e planeja realizar uma pesquisa para obter mais informações sobre sua história. A descoberta é considerada única e resgata a memória de Belém como um centro comercial e de transporte fluvial, cujo uso do rio era fundamental para o escoamento de mercadorias e passageiros. A recuperação do artefato tem como objetivo preservar esse legado histórico e cultural da cidade.