Machado de Assis, um dos maiores escritores brasileiros, continua relevante mesmo após 115 anos de sua morte. Suas obras seguem sendo estudadas e debatidas, com a editora Todavia lançando em março as “Obras Completas” do autor, que serão compostas por 26 volumes. Essa coleção, idealizada pelo professor Hélio Seixas Guimarães, reúne as principais criações de Machado, incluindo textos inéditos e edições revistas por ele próprio, como “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Dom Casmurro” e “Papéis Avulsos”, além de um volume extra, “Terras”, que detalha seus anos de serviço público.
A relevância de Machado transcende gerações, com suas obras recebendo destaque em eventos culturais internacionais, como o lançamento das “Memórias Póstumas” nos Estados Unidos e adaptações cinematográficas de suas narrativas, como o filme de “Dom Casmurro”. Seu trabalho vai além da literatura, envolvendo reflexões sobre o papel da imprensa e da literatura no progresso social e político do Brasil, especialmente durante o Segundo Reinado, quando o autor observava de perto as mudanças sociais e a modernização do país. Machado também acreditava no poder transformador da literatura e na sua capacidade de gerar legitimidade social nas revoluções.
Além de seus romances, Machado se destacou como dramaturgo e poeta, abordando temas clássicos e românticos, mas com uma perspectiva crítica e muitas vezes irreverente. Em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, por exemplo, ele apresenta uma visão ácida e humorística da elite brasileira do século 19, enquanto em outras obras, como “Crisálidas”, combina referências antigas e modernas. A relevância de seu trabalho se mantém forte, e suas obras seguem oferecendo insights importantes para o contexto atual.