Durante a posse da nova mesa diretora do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), o presidente da OAB-GO, Rafael Lara Martins, criticou a Resolução 591/2024 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que restringe a atuação da advocacia no que diz respeito ao julgamento em plenário virtual e às sustentações orais. Lara destacou que, em contrapartida, o TJ-GO tem se mostrado vanguardista ao permitir que os advogados escolham entre sustentação oral presencial ou virtual de forma síncrona, garantindo a continuidade desse direito nas normas internas do tribunal.
Lara ressaltou que a medida do CNJ foi aprovada sem a participação da advocacia, o que gerou preocupações sobre a representatividade da classe. Ele reforçou que a OAB-GO, juntamente com o Conselho Federal, tem se esforçado para reverter essa decisão, defendendo que a voz da advocacia não seja silenciada, uma vez que ela é essencial para a cidadania. O presidente da OAB-GO também apontou que o TJ-GO deve ser um modelo para os outros tribunais do país, com uma atuação que respeita as prerrogativas da advocacia e reforça a democracia no sistema de justiça.
Além disso, Lara agradeceu ao ex-presidente do TJ-GO, Carlos Alberto França, pela gestão de diálogo institucional, destacando que foi durante essa gestão que a relação entre a OAB-GO e o tribunal se fortaleceu. A nova mesa diretora, liderada pelo desembargador Leandro Crispim, assume com desafios significativos, como a otimização do Projudi e o preenchimento de vagas de magistrados. A OAB-GO se comprometeu a ser parceira no processo de construção de soluções para os desafios da gestão, reafirmando seu compromisso com a defesa das prerrogativas da advocacia e o aprimoramento do sistema de justiça.