Os incêndios devastadores que atingiram Los Angeles no início de 2025 colocaram em evidência a prática comum nos Estados Unidos de utilizar madeira na construção de casas, um material altamente inflamável. A escolha pela madeira tem raízes históricas, especialmente nas regiões com abundância florestal, como a América do Norte. Durante a colonização, ela permitia construções rápidas e mais baratas, com técnicas que evoluíram ao longo do tempo, como o log cabin e o timber framing. A madeira, além de ser acessível, acelera o processo de construção, tornando-se uma opção viável, especialmente em um país com vastas áreas florestais.
A madeira também oferece vantagens financeiras, como custos de construção mais baixos e menores impostos, além de proporcionar flexibilidade estrutural em regiões propensas a desastres naturais como terremotos e tornados. Em casos de danos, as casas de madeira exigem reparos mais rápidos e baratos em comparação com construções de alvenaria. No entanto, há desvantagens, como a necessidade de tratamentos periódicos para evitar problemas com apodrecimento, cupins e fungos, principalmente em locais com alta umidade. A escolha do tipo de madeira também depende das condições regionais, climáticas e dos objetivos da construção.
Especialistas afirmam que os incêndios em Los Angeles não podem ser exclusivamente atribuídos ao uso de madeira nas construções. O diretor de uma empresa de tecnologia explica que a maioria das construções afetadas era antiga, datando de entre 1940 e 1960, e carecia de tratamentos modernos contra incêndios. Desde 2007, novas técnicas têm sido desenvolvidas para tornar as construções de madeira mais seguras, indicando que o problema envolve não apenas o material, mas também as condições da construção e os métodos empregados.