Nas últimas semanas, observou-se uma intensificação das interações entre grandes empresas de tecnologia e o governo dos Estados Unidos, transformando interesses corporativos em questões de política nacional. Durante décadas, as empresas de tecnologia foram vistas como atores problemáticos, contribuindo para a fragmentação do espaço público e fomentando a polarização. No entanto, esses impactos, embora preocupantes, não eram considerados centrais para o debate político do país.
Recentemente, a relação entre essas corporações e o governo foi consolidada, o que significa que suas demandas, como a mudança nas leis de direitos autorais e o acesso gratuito à propriedade intelectual, agora têm grande influência sobre o rumo da política nacional. Esse vínculo estreito tem levado a um cenário no qual interesses privados são defendidos de forma robusta no debate público e na formulação de leis.
Essas mudanças também trouxeram à tona novos desafios para outros países, especialmente no que diz respeito à regulação de discursos de ódio nas plataformas dessas empresas. A crescente capacidade de mobilização dessas corporações coloca à prova a autonomia de governos estrangeiros, que agora se veem diante de pressões tanto externas quanto internas, refletindo o poder crescente das grandes empresas tecnológicas na política global.