Em 1557, Florença é palco de um assassinato intrigante: um pintor é encontrado morto, com um golpe de martelo na cabeça e um cinzel cravado no coração. Ele estava trabalhando em um fresco na igreja de San Lorenzo, que, aparentemente, foi alterado antes de sua morte. O mistério gira em torno de quem poderia ter cometido o crime e as razões por trás do ato, com o cenário sendo o vibrante mundo artístico da Renascença.
A investigação é conduzida por Giorgio Vasari, um pintor renomado da época e autor de “Vidas dos Mais Excelentes Pintores, Escultores e Arquitetos”. Entre os suspeitos está Agnolo Bronzino, que recebe a missão de concluir os trabalhos do mestre falecido, cujas obras, por vezes comparadas à Capela Sistina, são de imenso valor artístico e cultural. A tensão entre os artistas e os desafios do período, permeados por intrigas pessoais e rivalidades, formam o pano de fundo da trama.
Além da análise do crime, o romance também explora o contexto de uma época de intensos conflitos artísticos e de poder, com personagens como Michelangelo, que, apesar de estar em Roma, mantém uma correspondência com Vasari. A obra oferece uma reflexão sobre as dificuldades enfrentadas pelos defensores da arte, que, como o próprio Michelangelo comenta, sempre foram e continuarão sendo um desafio frente às adversidades do mundo.