“The Brutalist” é um filme que se destaca tanto por suas imagens impressionantes quanto pelas atuações de Adrien Brody e Guy Pearce. No entanto, sua duração de mais de três horas, embora seja uma característica criticada, não parece excessiva quando se considera o conteúdo denso e as questões complexas que a trama aborda. A história, que acompanha um arquiteto sobrevivente do Holocausto em sua difícil adaptação ao sonho americano, é longa, mas apresenta um enredo que exige tempo para ser completamente explorado.
O filme é comparado a marcos do cinema americano, como “Cidadão Kane” e “O Poderoso Chefão”, por sua ambição e por tratar de questões profundas sobre arte, patrocínio, a relação dos Estados Unidos com a Europa e o capitalismo. Mesmo com sua crítica ao sistema, “The Brutalist” se apresenta como uma obra que busca dialogar com temas relevantes e atuais, sem se limitar a uma narrativa superficial ou simples.
Apesar das críticas sobre sua duração, o filme de Brady Corbet defende que seu tempo de execução é necessário para abordar as múltiplas camadas de uma história rica e relevante. Em um contexto onde muitos filmes tentam se reduzir ou apressar a narrativa, “The Brutalist” aposta na grandiosidade e profundidade de seus temas, fazendo com que o longo tempo de projeção se torne uma característica importante e não um obstáculo.