Em 2024, o número de brasileiros altamente qualificados que imigraram para os Estados Unidos atingiu níveis recordes, com a emissão de 2.793 vistos EB-1 e EB-2, categorias destinadas a profissionais com habilidades extraordinárias e grau acadêmico avançado. Esse aumento de 18,84% em relação ao ano anterior reflete uma recuperação após períodos em que a concessão de vistos foi suspensa ou muito reduzida, como ocorreu entre 2020 e 2021, devido à pandemia e ao esgotamento do limite anual de vistos.
Entre 2021 e 2024, as deportações de brasileiros nos Estados Unidos somaram 7.168, um número abaixo do total de vistos de trabalho concedidos, que foi de 7.540 no mesmo período. Embora o governo Biden tenha enfrentado um aumento nas deportações, o número de vistos de trabalho continua a crescer, destacando-se as modalidades EB-1 e EB-2, que garantem residência permanente no país para profissionais altamente qualificados. Essa tendência é vista como um reflexo do valor do talento internacional para o mercado de trabalho americano.
Os vistos EB-1, EB-2 e H-1B possuem diferenças significativas. Os dois primeiros são voltados para imigração permanente e exigem qualificações excepcionais ou pós-graduação, com o EB-2 permitindo a solicitação sem oferta de emprego caso o trabalho seja considerado de interesse nacional para os EUA. O visto H-1B, por sua vez, é temporário, com duração de até 6 anos, e destina-se a profissionais especializados com pelo menos um diploma de bacharel. O Brasil é um dos países com maior número de concessões desse visto, destacando-se entre os sete primeiros em 2024.