Quatro dos principais assessores do prefeito de Nova York, Eric Adams, anunciaram suas demissões na última segunda-feira, em meio a um cenário político conturbado e a sucessivos escândalos envolvendo a administração municipal. A saída dos auxiliares ocorre logo após a decisão do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que, no dia 10 de fevereiro, determinou a suspensão das acusações de corrupção contra Adams, alegando que o caso estava interferindo na capacidade do prefeito de apoiar as políticas federais, especialmente no combate à imigração ilegal.
As demissões envolvem figuras chave no governo de Adams, como Maria Torres-Springer, vice-prefeita, e outros três assessores de alta patente. De acordo com informações, o prefeito tentou convencer os assessores a permanecerem em seus cargos durante uma reunião virtual, mas os mesmos decidiram seguir com suas saídas. Em uma carta coletiva enviada aos comissionados, os ex-assessores justificaram sua decisão como sendo necessária para manter a integridade de suas funções e compromissos com os cidadãos da cidade.
Além dessas demissões, a semana anterior já havia sido marcada pela renúncia de Danielle Sassoon, procuradora dos EUA, e de outros oficiais do Departamento de Justiça, após divergências sobre a continuidade das acusações contra o prefeito. As mudanças no alto escalão da administração municipal ampliam o ambiente de incerteza e pressão sobre Adams, que enfrenta uma crescente pressão por parte de governadores e membros do governo para que tome medidas sobre a atual situação política e administrativa.