Um novo método de radioterapia, conhecido como Flash, está sendo desenvolvido com o objetivo de oferecer um tratamento mais rápido e eficaz contra o câncer, com menos efeitos colaterais. Em experimentos realizados no CERN, na Suíça, e em diversas partes do mundo, a abordagem tem mostrado grande potencial, destruindo tumores em roedores e minimizando danos aos tecidos saudáveis. A principal inovação do Flash é a aplicação de radiação em altíssimas doses em menos de um segundo, o que permite uma maior concentração de tratamento em menor tempo, diferentemente da radioterapia convencional que pode durar minutos e exige várias sessões.
A radioterapia tradicional, apesar de eficaz em muitos casos, apresenta sérios efeitos colaterais, como danos a tecidos saudáveis e desenvolvimento de novos problemas de saúde, como perda de QI em crianças tratadas para tumores cerebrais. Com o avanço do tratamento Flash, os pesquisadores esperam poder reduzir esses impactos, permitindo que mais pacientes, inclusive crianças, recebam a radiação necessária sem as consequências adversas típicas da terapia convencional. Além disso, o Flash tem mostrado resultados promissores no tratamento de tumores metastáticos e de difícil acesso, oferecendo uma nova esperança para pacientes com cânceres complexos.
Embora o tratamento Flash seja promissor, ele ainda enfrenta desafios práticos, como a necessidade de equipamentos avançados e caros, limitando o acesso a uma pequena parte da população. No entanto, há esforços para desenvolver máquinas menores e mais acessíveis, que possam ser instaladas em hospitais comuns, tornando o tratamento mais viável globalmente. Especialistas acreditam que, com o tempo, o Flash poderia se tornar um tratamento padrão, acessível a mais pacientes, principalmente em países de baixa e média renda, e representar uma economia significativa para os sistemas de saúde ao reduzir o número de sessões e hospitalizações necessárias.