Em 1769, após quase nove meses de viagem com o capitão James Cook em sua primeira expedição ao Pacífico, Joseph Banks e Daniel Solander desembarcaram da HMS Endeavour e fizeram história como os primeiros botânicos europeus a explorar a ilha de Tahiti. Ao chegar à terra, eles se depararam com uma tarefa desafiadora: como descrever e nomear, para o benefício dos naturalistas europeus, as centenas de plantas que estavam encontrando pela primeira vez.
Apesar das dificuldades da viagem, a colaboração entre os cientistas europeus e os habitantes locais foi crucial para o sucesso dessa empreitada. Os nativos das ilhas do Pacífico, com seu vasto conhecimento da flora local, desempenharam um papel fundamental ao orientar os exploradores sobre o uso e as características das plantas encontradas, facilitando a identificação de diversas espécies.
Esse livro recém-lançado revela como essa troca de conhecimentos entre culturas distintas não só ajudou na catalogação de plantas nunca antes documentadas por cientistas europeus, mas também destaca a importância do papel dos povos indígenas na história da botânica e das ciências naturais. A obra expõe como, ao longo da exploração científica, as contribuições dos habitantes do Pacífico foram vitais para o avanço das descobertas botânicas da época.