O Líbano formou, finalmente, um novo governo pleno com a nomeação de Nawaf Salam como primeiro-ministro, após uma longa interinidade desde 2022. O presidente Joseph Aoun anunciou que aceitou a renúncia do governo anterior e formalizou a nomeação de Salam. O novo gabinete conta com 24 ministros, divididos igualmente entre as seitas cristãs e muçulmanas, refletindo o sistema de partilha de poder do país.
A formação do governo ocorre em um momento delicado para o Líbano, que enfrenta desafios significativos para reconstruir sua região sul e garantir a segurança em sua fronteira, após a recente guerra com Israel e o Hezbollah. O conflito, que foi encerrado com um acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, deixou o país em uma situação precária, exigindo um governo estável para lidar com as questões internas e externas.
Além disso, o novo governo representa uma mudança em relação à influência de líderes próximos ao Hezbollah, já que o Líbano busca estreitar laços com a Arábia Saudita e outras nações do Golfo, preocupadas com o crescente poder do grupo. Embora o Hezbollah não tenha endossado Salam, houve negociações sobre a distribuição de assentos muçulmanos xiitas no governo, indicando a complexidade das alianças políticas no país.