Em 2024, o currículo do ensino médio passou a ser reformulado com a implementação de uma nova lei que visa corrigir distorções apontadas por especialistas. A principal alteração foi a ampliação da carga horária, que passou de 1,8 mil para 2,4 mil horas, com mais aulas de disciplinas obrigatórias como português e matemática. A parte optativa, que inclui matérias mais flexíveis, teve sua carga reduzida de 1,2 mil para 600 horas. Para o ensino técnico, a carga horária total de 3 mil horas foi dividida em 2,2 mil para a formação básica e 900 para a formação profissional.
As escolas já começaram a se adaptar a essas novas regras, com o objetivo de torná-las obrigatórias a partir de 2026. Algumas instituições, como a de Luziânia, Goiás, já ampliaram sua grade horária, com ênfase em disciplinas fundamentais e áreas como empreendedorismo, robótica e educação financeira. A nova estrutura curricular propõe um aprofundamento nos conteúdos essenciais, buscando oferecer uma formação mais completa aos alunos, com foco no desenvolvimento de habilidades para o mercado de trabalho e para a vida cotidiana.
Embora a mudança no currículo seja gradual, os estudantes que ingressarem no ensino médio em 2025 ou 2026 já serão impactados por essas alterações, enquanto os alunos que farão o Enem em 2025 não precisarão se preocupar com as novas regras, que só começarão a valer no exame de 2028. O diretor de políticas públicas do Todos pela Educação destaca a importância do governo fornecer diretrizes claras sobre as modificações no Enem para que todos os estudantes possam se preparar adequadamente para as novas exigências da prova.