Em 2024, o Brasil passou a adotar um novo modelo de ensino médio, com a implementação de uma lei que visa corrigir distorções no currículo. A principal mudança está na ampliação da carga horária das disciplinas obrigatórias, como português e matemática, que aumentam de 1.800 para 2.400 horas. Em contrapartida, as horas dedicadas às matérias optativas caem de 1.200 para 600. O objetivo é proporcionar um aprendizado mais profundo nas áreas essenciais, garantindo que todos os estudantes brasileiros tenham uma base sólida de conhecimento. Além disso, no ensino técnico, a carga horária será dividida entre a formação básica e profissional.
A adaptação das escolas começou em 2024, mas as novas regras se tornarão obrigatórias apenas em 2026. Algumas escolas, como a de Luziânia, Goiás, já ajustaram sua grade curricular, ampliando a carga horária. As mudanças também incluem o aumento das opções no currículo optativo, como empreendedorismo, robótica e educação financeira, sempre alinhadas com as áreas de conhecimento fundamentais, como matemática e ciências. A proposta é que, além de melhorar o conteúdo básico, as escolas ofereçam atividades que permitam aos alunos um aprendizado mais aplicável ao cotidiano e ao mercado de trabalho.
O impacto dessas mudanças será sentido nos próximos anos, com um novo formato do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também previsto a partir de 2028. Para os alunos que já estão no ensino médio, o novo formato será relevante, mas quem for concluir os estudos nos próximos anos, como os de 2025, ainda fará a prova atual. Especialistas destacam a importância de que o governo forneça diretrizes claras para que os estudantes possam se preparar adequadamente para o novo exame e se beneficiar do novo modelo educacional que está em transição.