Encélado, uma das luas de Saturno, é conhecida por seus gêiseres que expelêm jatos de vapor de água e partículas para o espaço. Essas plumas geraram grande interesse entre os cientistas, pois sugerem a existência de um oceano subterrâneo que poderia abrigar condições propícias à vida. No entanto, uma nova pesquisa apresenta uma teoria alternativa, sugerindo que os jatos podem ser formados por fontes termalizadas localizadas na crosta gelada da lua, sem conexão direta com o oceano interno.
Essa hipótese propõe que o calor gerado por processos geotérmicos na crosta poderia ser suficiente para vaporizar materiais, gerando as plumas observadas. Essa descoberta altera a forma como os cientistas podem interpretar as amostras coletadas das plumas, já que elas podem não fornecer informações diretas sobre as condições do oceano subterrâneo. Consequentemente, a busca por sinais de vida em Encélado precisaria ser expandida, levando em consideração outras fontes de dados, como futuras missões de perfuração ou sondagens mais profundas.
Os pesquisadores planejam realizar experimentos em laboratório e simulações computacionais para testar a nova teoria. Além disso, futuras missões espaciais poderão coletar amostras diretamente da crosta de Encélado, proporcionando dados mais detalhados sobre sua composição e as condições ambientais da lua. A pesquisa destaca a complexidade dos processos que ocorrem em corpos celestes do Sistema Solar e a importância de abordagens multidisciplinares para compreender melhor esses fenômenos, especialmente no contexto da astrobiologia.