A Guarda Costeira dos Estados Unidos divulgou uma gravação de 24 segundos que pode corresponder ao momento da implosão do submersível Titan, que ocorreu em junho de 2023 no Atlântico Norte. O áudio foi captado a cerca de 1.450 km do local do desastre, por meio de um gravador acústico da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). O Titan estava realizando uma expedição para explorar os destroços do Titanic quando perdeu contato com a base menos de duas horas após iniciar sua descida. Posteriormente, as autoridades confirmaram sua implosão a mais de 3.900 metros de profundidade, resultando na morte de todas as pessoas a bordo.
A investigação sobre o acidente continua, com as falhas estruturais do submersível sendo apontadas como a principal causa. Especialistas já haviam expressado preocupações sobre o design do Titan, que utilizava materiais não convencionais para suportar a pressão extrema das profundezas oceânicas. Além disso, a empresa responsável pela operação, OceanGate, foi acusada de desconsiderar recomendações de melhorias no projeto, o que pode ter contribuído para o trágico incidente. Imagens dos destroços, divulgadas em setembro de 2023, mostraram partes do casco e da cabine, e também foram encontrados restos humanos entre os escombros.
A análise do material recuperado revelou anomalias no casco do submersível, como ondulações e falhas na fibra, levantando questões sobre a integridade da estrutura antes da implosão. As investigações sobre essas falhas continuam em andamento. A tragédia do Titan gerou um debate sobre a segurança no design de veículos subaquáticos e a responsabilidade das empresas na exploração de grandes profundidades oceânicas.